Medicina e espiritismo
Publicado por laerte em 08/08/2025

O que é saúde e o que é doença à luz da doutrina espírita?

O que é saúde e o que é doença à luz da doutrina espírita?
Doença e saúde se referem ao estado em que se encontram as pessoas e não ao estado de órgãos ou partes do corpo.
O corpo físico nunca está só doente ou só saudável, já que nele se expressam realmente as informações da consciência.
O corpo de um ser humano vivo deve seu funcionamento ao espírito que o habita.
Quando as várias funções corporais se desenvolvem em conjunto dentro de uma harmonia, ele se encontra num estado que denominamos de saúde.
Se uma função falha, ela compromete a harmonia do todo e então falamos que ele se encontra em um estado de doença.
A doença é a perda relativa da harmonia.
Essa perturbação da harmonia acontece a nível de consciência, que é a parte espiritual do ser, enquanto o corpo é a forma de apresentação dessa desarmonia.
O nosso “não consciente” envia mensagens ao nosso “consciente”, sob a forma de tensões ou sofrimentos físicos e emocionais. Procurando “silenciar” essa tentativa de comunicação, utilizamos medicamentos para acabar com os sintomas, sem perceber o que gerou os mesmos.
Para se dar conta de onde está situada a causa inicial, médicos e pacientes precisam aprender não apenas a perceber o que é visível na luz, mas também identificar o que está escondido na sombra.

Por que médicos e pacientes precisam aprender a perceber onde está a causa inicial?


Médicos porque têm o papel de orientar. Se não souberem a causa, irão tratar apenas a consequência.
Pacientes porque são os principais interessados e responsáveis por sua cura.


Origem da desarmonia no perispírito

Sabemos todos que o perispírito:


Δ É preexistente e sobrevivente à morte do corpo material, transmitindo suas vontades ao corpo físico e as impressões do corpo físico ao espírito;


Δ Que o envoltório carnal se modela e as células se agrupam de acordo com a forma perispiritual;


Δ Que as qualidades ou defeitos, faltas, abusos e vícios de existências passadas registrados no perispírito reaparecem no corpo físico como enfermidades e moléstias.

Inúmeras almas já renascem “adoecidas”, ou seja, com os componentes psíquicos enfermiços. Em grande parte dos casos o componente inicial dessa enfermidade é a falta de auto-amor.
O amar a si mesmo ainda é uma lição que todos temos que aprender. Muitas reencarnações têm como objetivo precípuo restabelecer o desejo de viver e recuperar a alegria de sentir-se em paz. Uma consequência da falta do auto-amor é a depressão.

Como se pode conceituar depressão à luz do conhecimento espírita?


Depressão é cansaço de viver, é não aceitar a vida como ela é.
É a “doença prisão” que cassa a liberdade da criatura rebelde, viciada em ter seus caprichos atendidos.


É uma intimação de leis da vida convocando a alma a mudanças inadiáveis.
Em tese, depressão é a reação da alma que não aceitou sua realidade pessoal como ela é, estabelecendo um desajuste interior que a incapacita para viver plenamente.

No capítulo “Receituário oportuno” do livro Escutando os Sentimentos de Wanderley S. de Oliveira, Ermance Dufaux nos diz ser necessário ingerir três medicações com frequência:

  1. Acreditar que merece a felicidade, assim como todos os seres humanos (ser feliz é contentar-se com o que se é, sem que isso signifique estacionar; é o amor a si);

  2. Parar de encontrar motivos externos para suas dores, encontrando-lhes as causas íntimas (dentro de cada um está a cura para todos os seus males);

  3. Parar de pensar em felicidade para depois da morte e tentar ser feliz ainda em vida (a felicidade resulta da habilidade de consolidar o sentido da vida a partir do “olhar de impermanência”).


As emoções e os chakras

Sabemos quando a consciência de uma pessoa está desequilibrada, pois a mesma torna visível e palpável na forma de sintomas físicos ou psicológicos o seu desequilíbrio.
Existem desarmonias registradas a nível perispiritual. É o ser humano que está doente (espírito) e não o seu corpo físico.

Como os chakras fornecem energia sutil aos diversos órgãos do corpo, os bloqueios e conflitos emocionais podem resultar num fluxo energético anormal para diversos sistemas fisiológicos. Com o tempo, esses fluxos anormais de energia podem produzir doenças de maior ou menor gravidade em qualquer órgão do corpo.

O stress emocional é um importante fator no processo de produção das doenças.


Os conflitos emocionais, os sentimentos de impotência e a falta de amor por si próprio podem ter efeitos nocivos sobre o funcionamento dos principais chakras.
A falta de amor a si ou autoimagem ruim pode causar bloqueio no chakra cardíaco, o qual, secundariamente, afeta o funcionamento do timo, debilitando o sistema imunológico. Também pode afetar os pulmões, contribuindo para as doenças respiratórias.

A forma inadequada de expressar verbalmente o que sente ou a não expressão verbal dos sentimentos internos pode interferir na função do chakra laríngeo. Essa pode ser a causa de muitos casos de amigdalites ou transtornos de tireoide.

Nossas doenças são frequentemente um reflexo simbólico dos nossos estados internos de intranquilidade emocional, bloqueio espiritual e desconforto. Isso sugere que a prescrição de medicamentos de efeito rápido, que aliviem apenas temporariamente os sintomas agudos da doença, não é a solução ideal para minorar os problemas do paciente, dentro de uma perspectiva reencarnacionista.

A medicina do futuro deverá ensinar os pacientes a reconhecerem os fatores emocionais e energéticos sutis que podem predispô-los a determinados estados mórbidos. Assim, terá mais facilidade em detectar disfunções nos chakras, corpos emocional, etérico e mental.


Hereditariedade

A hereditariedade existe, mas os registros no perispírito, das experiências passadas da alma (psíquico, intelectual, profissional, moral e emocional), determinam a formação dos órgãos no novo corpo material.


A hereditariedade reflete a aproximação por afinidades vibratórias entre os membros de uma mesma família.

Na fecundação, o gameta masculino vitorioso está impulsionado pela energia do perispírito do reencarnante que encontrou nele os fatores genéticos necessários para a programação reencarnatória.


Os códigos genéticos da hereditariedade, em consonância com o conteúdo vibratório dos registros, vão organizando o corpo físico.

As enfermidades graves decorrem de faltas passadas e contribuem para o aprendizado, reparação e restauração dos atos inadequados, além da elevação da alma.


Certos acontecimentos e doenças são permitidos pelo plano espiritual para estimular o espírito a cumprir compromissos com a sua jornada evolutiva.

Assim, enfermidades ou acidentes inesperados, carência afetiva, dificuldades econômicas, são meios utilizados para despertar da anestesia da ilusão ou da intoxicação do orgulho, egoísmo, cólera etc.

Tabaco, álcool, drogas, excesso no sexo e na alimentação, são de livre opção atual, não incursos originalmente no processo evolutivo de ninguém.
Quem a qualquer deles se vincula, colherá o efeito prejudicial, não se podendo queixar ou aguardar solução de emergência.


Energia vital – Como equilibrá-la?

Do ponto de vista energético, o corpo físico debilitado oscila numa frequência diferente daquela quando em estado saudável.


Quando a pessoa é incapaz de alterar o seu modo energético para a frequência adequada, talvez seja necessário aplicar-lhe certa dose de energia sutil, o que pode fazer com que seus sistemas bioenergéticos passem a vibrar de forma apropriada.

Existem formas de tratamento que interagem também com a energia do ser humano, como a acupuntura, a homeopatia, a antroposofia, a cromoterapia, os florais, os fatores de auto-organização, os elixires de pedras preciosas, o passe magnético, a prece, a água fluidificada etc.

No entanto, a medicina não deve ter como foco apenas o tratamento do corpo, pois dessa forma não obterá a cura, mas apenas a melhora dos sintomas.


O ideal é que se possa detectar as doenças num estágio suficientemente precoce para impedir a manifestação física da doença em nível celular.

A doença é o caminho pelo qual o ser humano pode seguir rumo à cura.
Quanto maior for nossa compreensão, maior nosso aproveitamento das coisas que nos cercam.


A cura acontece através da incorporação daquilo que está faltando e, portanto, ela não é possível sem uma expansão da consciência.


Responsabilidades de médico e paciente no processo de cura – Papel do espiritismo

O princípio mais importante para a medicina que trabalha com as vibrações é o conceito de que os seres humanos são sistemas dinâmicos de energia, refletindo padrões evolutivos do crescimento da alma.
O médico não deve ser apenas um agente promotor da cura, mas também um educador.


No entanto, o paciente é o principal responsável pela sua cura.

É muito mais fácil tomar um comprimido que proporcione um rápido “conserto” do organismo, do que modificar os hábitos potencialmente insalubres que possam contribuir para o problema da saúde.

Cada ser humano é responsável pela busca do seu equilíbrio e da sua harmonia.

O espiritismo auxilia no tratamento da consciência humana, apresentando-lhe novos valores, educando o espírito.

Muitos pacientes só adotam hábitos mais saudáveis após algum acontecimento traumático ou o diagnóstico de uma doença grave.
O médico do futuro combinará o conhecimento científico e o conhecimento espiritual a fim de promover a cura em todos os níveis.


Texto removido Jornal Vórtice edição 7

Fonte: https://jacobmelo.com/sobre-magnetismo/jornal-vortice/category/2-ano-01-2008

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