Relação Fluídica e Tato Magnético: o encontro invisível no magnetismo humano
Publicado por laerte em 25/09/2025
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Quando falamos em magnetismo humano, é comum pensarmos logo no passe e na transmissão de energias. Mas antes de qualquer técnica, existe algo mais sutil — quase invisível — que sustenta todo o processo: a relação fluídica e o tato magnético.


Esses dois recursos são como chaves silenciosas que abrem portas de sintonia e percepção, permitindo que o magnetizador vá além do gesto e alcance, de fato, o campo energético do assistido.


Entre espírito e corpo: o palco do magnetismo

O ser humano, segundo a tradição espírita, não se resume ao corpo físico. Ele é composto por espírito, perispírito e matéria.


O perispírito, esse envoltório sutil, funciona como ponte entre as duas dimensões e é justamente nele que o magnetismo atua. Já o fluido vital é a energia que anima e sustenta a vida orgânica — e pode ser transmitido de um indivíduo a outro em momentos de necessidade.

É nesse cenário invisível que a relação fluídica acontece.


Relação fluídica: a sintonia que autoriza

Imagine duas ondas que precisam se encontrar para gerar harmonia. A relação fluídica é exatamente isso: a sintonia energética entre magnetizador e assistido.
Sem ela, o passe pode até acontecer, mas perde força. Com ela, cada movimento ganha profundidade.

Esse encontro não é mecânico, mas um diálogo silencioso. Ele nasce do acolhimento — o gesto simples de explicar, tranquilizar, olhar nos olhos. Cresce com a prece e a vontade sincera de ajudar. Consolida-se quando o magnetizador aproxima as mãos e percebe, pouco a pouco, a vibração do outro.

Não se trata de “forçar a entrada”. É, antes, um convite à confiança, uma permissão energética. E quando essa sintonia se estabelece, tudo flui: os fluidos se ajustam, a percepção se amplia, e o tratamento se torna mais eficaz.


Tato magnético: aprender a sentir

Se a relação fluídica abre a porta, o tato magnético é a lanterna que ilumina o interior.
Ele não se limita ao toque físico. É um sentir ampliado, capaz de perceber variações sutis: calor, frio, peso, leveza, texturas, até mesmo repulsões ou atrações inesperadas.

Mais do que um “dom”, o tato magnético é um aprendizado. Com prática e autoconhecimento, o magnetizador vai descobrindo o que cada sensação significa para ele. Um calor pode indicar excesso em determinada região; um frio, carência; uma repulsão, um bloqueio energético. Não existe manual fixo. Existe experiência, registro, reflexão.

Curiosamente, o tato magnético também se conecta com o fenômeno da dupla vista: uma percepção além dos sentidos físicos, que alguns possuem naturalmente e outros desenvolvem gradualmente.


O essencial é invisível

Na prática, relação fluídica e tato magnético se complementam. Um garante a sintonia; o outro oferece a leitura. Sem eles, o passe corre o risco de virar apenas um gesto externo. Com eles, torna-se um encontro profundo, em que energias dialogam e se transformam.

E aqui está a beleza: não se trata apenas de técnica, mas de presença e intenção. É preciso foco, vontade, humildade para ouvir o que o corpo do outro transmite silenciosamente.

O Pequeno Príncipe nos lembra que “o essencial é invisível aos olhos”. O magnetismo confirma isso: o que transforma não é o que vemos, mas o que sentimos e compartilhamos de alma para alma.


Desenvolver a relação fluídica e o tato magnético é, em última análise, um exercício de escuta profunda. Escuta do outro, mas também de si mesmo.
Cada sensação é um convite ao aprendizado; cada encontro, uma oportunidade de afinar a sintonia.

Por isso, mais do que decorar técnicas, o verdadeiro caminho do magnetizador é viver o passe como arte — feita de silêncio, confiança e entrega.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ALuSLDdCQ6o

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